sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Grandes mulheres latino-americanas: Micaela Bastidas Puyucahua

  Poderia começar esta "série" de postagens que vão abordar as grandes mulheres da história da América Latina por Anita Garibaldi, Juana AzurduyMaria Quitéria, Josefa Ortiz de Domínguez, Maria Bonita, talvez Mercedes Sosa, ou quem sabe Michele Bachelet, Cristina Kirchner e até mesmo Dilma Roussef, nossa primeira Presidente da República, mas é com Micaela, heroína na independência do Peru que iniciamos.
  A maioria das visões para o heroísmo em nossa região ficam muitas vezes focadas em personalidades masculinas, é o caso de Simon Bolívar, San Martin, Zumbi, etc. E quando mencionam ainda algumas bravas mulheres que tem seu histórico próprio de combatividade, insistem citá-las apenas como mulheres de um grande homem.
  Micaela Bastidas Puyucahua, tem seu nascido datado no de 1745 em Tamburco, embora historiadores reivindiquem 25 de Junho de 1742 e a o distrito peruano Pampamarca como sendo sua terra natal, filha de Manuel Bastida, um descendente de africanos e Puyucahua Josefa, teve de driblar os conceitos do machismo para se destacar por sua bravura, e não somente por sua beleza que misturava as raízes africanas e ameríndias.
  Participou ativamente de várias batalhas, mas se destacou por organizar uma espécie de "logística" para enviar mantimentos, fardamento, e cartas, aliás, sempre se destacou pela capacidade de mobilizar e principalmente politizar os camponeses contra a colonização espanhola.
  Mulher tenaz, não descansou um momento, muito menos hesitou em cumprir as tarefas que lhe foram confiadas. Dona Micaela Bastidas, sua abnegação, sacrifício e martírio são um orgulho e exemplo para todos os peruanos, e todos os latino-americanos.
  Tombou em 1781 após ser capturada junto com seu marido, Tupac Amaru II, com quem teve três filhos, foi assassinada na frente de dois deles, e teve seu corpo queimado com o de seu marido. Resistiu até no momento da morte, pois teve de ser enforcada após ser arrastada com pés e mãos amarradas, teve partes do seu corpo expostas, mas sabiam os opressores que dali nasceriam muitas revoltas pelo exemplo de quem luta para que a liberdade e a justiça vençam!
Grafite que homenageia a heroína Micaela Bastidas

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