As Ditaduras Militares na América Latina não foram um acidente do destino, tão pouco ocorreram no mesmo período por um acaso, digo isto pois muitas pessoas desconhecem a "Operação Condor", que foi uma aliança político-militar orquestrada no Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, tendo saldo estimado em mais de 400 mil torturados e 100 mil assassinatos.
No maior país do continente latino, passamos pelo 31 de Março e é impossível não se recordar do Golpe em 1964 que iria percorrer um longo período de nossa história, nos chamados "Anos de Chumbo". Vários foram os movimentos, e inúmeras organizações romperam as barreiras da clandestinidade, armados de ideais, atuações em entidades populares, e também com fuzil em punhos em muitos casos épicos, de luta por liberdade.
E em meio aos avanços nas mudanças do rumo político da América Latina, não na mesma proporção em terras brasileiras se abrem os arquivos de uma Ditadura Militar recente, e que ainda tem seus generais mandando muito em um país que disfarça uma "democracia" do tupiniquim.
Na Argentina condenações de torturadores estampam as capas dos jornais, a Bolívia levanta a bandeira do Socialismo e dos valores defendidos por Che Guevara, que tombou em terras bolivianas fruto da repressão imperialista e do estupro que cometeram e cometem a anos por aqui!
Por isto movimentos sociais unificam sua luta em prol de continuar a denunciar a memória sangrenta de parte recente do histórico de lutas do povo brasileiro, e latino-americano.
Campanha da OAB-RJ para abertura dos arquivos da Ditadura no Brasil
Por fim, que se ressalte o caráter ideológico desta opressão bélica e cultural, já que o "status" de quintal Yanke ainda nos assombra, e seja com embargo econômico, ou mantendo bases militares infringindo a soberania de várias nações, os estadunidenses seguem tentando derrubar as ideias mais avançadas, as mesmas que são históricas e ligadas aos trabalhadores.
"Óculos de Allende" |
Que sigam em pé as bandeiras erguidas por Allende no Chile, ou da resistência peronista, dos guerrilheiros do Araguaia, como fazem hoje os camponeses paraguaios, e tantos outros lutadores latinos que continuam a lutar por tempos mais democráticos, participativos, e que revolucionem esta dura realidade enfrentada pela região agora rebelde, e que se levanta novamente!
Até quando esta tortura vai continuar?
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